Que todos os produtos eletrônicos param eventualmente de funcionar não é novidade, mas você sabia que muitos deles são, na verdade, programados para ter uma vida útil mais curta do que o esperado?
Esse fenômeno é conhecido como obsolescência programada, uma estratégia utilizada por fabricantes para garantir que produtos, especialmente dispositivos tecnológicos, tenham uma vida útil limitada.
Mesmo sendo uma estratégia economicamente vantajosa, o descarte incorreto de materiais eletrônicos causa um impacto negativo ao meio ambiente.
Quer saber mais sobre o assunto? Confira os detalhes abaixo.
Os fabricantes projetam falhas e desatualizam o sistema dos dispositivos eletrônicos durante a produção. Essa estratégia faz com que o aparelho se torne obsoleto, ou seja, pare de funcionar antes do tempo esperado, incentivando o consumidor a comprar um novo para substituir o antigo.
As falhas ocorrem porque, durante a fabricação do produto, são usadas peças de baixa qualidade que se desgastam rapidamente, o que reduz ainda mais a durabilidade do produto.
Outro exemplo de obsolescência programada é a tecnologia desatualizada, comum em celulares, tablets, laptops e TVs Smart, na qual os fabricantes implementam atualizações de software que sobrecarregam o sistema, tornando os dispositivos mais lentos e menos compatíveis com novos aplicativos.
Essas estratégias também dificultam o conserto ou a substituição de peças de um dispositivo eletrônico, levando o cliente a optar por comprar um novo produto em vez de reparar o antigo.
Do ponto de vista econômico, a obsolescência programada beneficia as vendas e aumenta os lucros, além de impulsionar o desenvolvimento de novas tecnologias e inovações.
Em contrapartida, essa estratégia tem um efeito negativo em termos de sustentabilidade.
A obsolescência programada contribui para o aumento do descarte de resíduos eletrônicos, pois produtos com uma vida útil curta são descartados com mais frequência.
Consequentemente, o lixo eletrônico, que muitas vezes não é reciclado adequadamente, causa diversos danos ambientais, como a poluição.
Além disso, a produção contínua de novos dispositivos demanda cada vez mais o uso de recursos naturais e energia, aumentando as emissões de gases de efeito estufa.
A boa notícia é que a obsolescência programada pode ser evitada por meio de um conceito que se opõe a ela: a economia circular.
A economia circular é um modelo de produção que busca reduzir o desperdício e otimizar o uso dos recursos durante toda a vida útil dos produtos.
Diferente da obsolência programada, a economia circular busca reduzir o desperdício e promover a reutilização e reciclagem de produtos e materiais, oferecendo uma abordagem mais sustentável e eficiente para a gestão de recursos.
A economia circular se baseia em princípios como: reduzir, reutilizar e reciclar, ao contrário do modelo tradicional de produção, que segue a sequência "produzir, usar e descartar”.
Quando as empresas seguem os princípios da economia circular, elas conseguem fabricar aparelhos que facilitam a realização de reparos e a atualização de softwares.
Além disso, ao se tornarem mais sustentáveis, as empresas podem adotar um modelo de negócios que prioriza a venda de serviços e a recuperação de itens para reuso ou reciclagem, em vez de focar apenas no lucro com a venda de produtos.
Considere investir em manutenção e reparos. Optar por esses cuidados não só prolonga a vida útil dos seus dispositivos, mas também apoia a economia circular, promovendo a reutilização e o recondicionamento de produtos.
Ao investir em reparos, você reduz a quantidade de resíduos eletrônicos descartados e diminui o impacto ambiental associado a eles.
Outra vantagem é que produtos reparados podem contar com garantias e suporte, como seguros para celulares. Para descobrir como obter essa proteção, consulte nosso último artigo clicando aqui.
Quer aprender mais sobre como adotar práticas sustentáveis? Continue acompanhando nossos próximos artigos. Até a próxima!